Com belas praias e sol o ano todo, a Região dos Lagos se tornou, ao longo dos anos, um dos destinos mais queridos dos cariocas e atrai, cada dia mais, a atenção de turistas de todo o mundo em busca de suas águas calmas e clima perfeito.
O que muita gente não sabe é que as cidades dessa região tiveram um papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil, tanto pela produção do sal, como por ser trajeto entre o interior e o litoral e recebiam, frequentemente, visitas de membros da Família Imperial, incluindo o Imperador D. Pedro II, a Princesa Isabel e seu marido o Conde D’Eu, que tinham fortes laços políticos e de amizade com nobres da região.
Por esse motivo, guardam várias atrações históricas, especialmente do período imperial. Que tal saber mais detalhes da história dessas cidades e conhecê-las? Leia nossa lista!
Tendo sido emancipada em 1860, a cidade de Araruama teve seu desenvolvimento amplamente alavancado pela produção de sal nas salinas na Lagoa de Araruama, tanto que seu brasão apresenta o moinho de vento simbolizando a atividade.
Sua Câmara Municipal foi fundada pelo poderoso Barão de Monte Belo, proprietário de uma enorme fazenda de café e amigo da Família Imperial que sempre o visitava. Ainda hoje, no bairro rural Monte Belo, é possível avistar as ruínas da casa grande e da senzala.
Para conhecer um pouco mais da história local, é possível visitar também as Fazendas Aurora, Monte Belo, Tiririca, Capitão Francisco Leite e Paraty, além de conhecer o Museu Arqueológico de Araruama e as Salinas da Lagoa de Araruama.
Para se hospedar, as dicas são a Pousada Algodão da Praia, com piscina para relaxar e quartos agradáveis com varanda, ou a Pousada Recanto Verde e Mar, que está de frente para a praia e dispõe de uma boa área de lazer.
Desde o período colonial, Búzios recebeu a visita de alguns navegadores portugueses. Porém, só voltou a despertar maior interesse por volta do século XVII, com a expulsão dos corsários franceses que haviam se estabelecido na região.
Entre o final do século XIX e início do século XX, com o estabelecimento dos portugueses, a pequena colônia de pescadores começou a modernizar-se, unindo os conhecimentos locais com as técnicas mais modernas dos europeus. Foi dessa prática que surgiu o nome Armação de Búzios, devido à utilização de uma armação para pegar peixes feita de búzios.
Nessa época, a principal atividade era a pesca de baleias, tendo em vista o óleo produzido a partir da gordura do animal que era utilizado na iluminação das vias públicas, na construção de casas e até exportado.Inclusive, duas das praias mais famosas de Búzios ganharam seu nome proveniente desta atividade: Praia da Armação, onde era realizada a captura e Praia dos Ossos, onde eram depositados os restos dos animais.
Mas foi apenas em 1964, anos depois do fim do período imperial, que o balneário ganhou fama internacional, após a visita da atriz Brigitte Bardot, que procurava um lugar mais tranquilo para passar suas férias. Desde então, o turismo se desenvolveu e a cidade passou a receber milhares de visitantes todos os anos, principalmente brasileiros e argentinos.
Entre os pontos turísticos, destacam-se a Orla Bardot, a Rua das Pedras e as diversas praias: Praia dos Ossos, Praia da Azeda e Azedinha, Praia João Fernandes, Praia de Geribá, Praia da Tartaruga, Praia da Ferradura, Praia da Ferradurinha, Praia do Forno, Praia Brava e Praia da Foca.
A rede hoteleira também é um atrativo a parte, com opções para todos os gostos e bolsos. Os três lugares mais recomendados são o Hotel Don Quijote Búzios, com ótima piscina e excelente café da manhã; a Byblos Pousada, que possui acomodações com vista para o mar e o Casas Brancas Boutique Hotel & Spa, um cinco estrelas luxuoso.
Descoberta em 1503, por Américo Vespúcio, Cabo Frio teve o início de sua história marcada pelos constantes ataques de piratas holandeses e franceses, que visavam realizar a exploração de pau-brasil – insumo extremamente valorizado à época.
Visando diminuir as invasões, os portugueses alinharam-se aos índios tamoios, que conheciam melhor a região. A partir de 1615, iniciou-se o processo de colonização, com a expulsão dos ingleses e a fundação da Fortaleza de Santo Inácio.
Entre 1650 e 1660, Cabo Frio começa a se desenvolver urbanamente e em 1847 recebe a visita do Imperador D. Pedro II, que estreitou ainda mais as relações especiais que a cidade mantinha com o governo. Durante o evento, foram realizadas doações, uma para a construção da cobertura da Fonte do Itajuru, importante patrimônio histórico; e a outra para a construção da enfermaria em Charitas, que foi de grande importância no combate das epidemias de varíola e febre amarela que assolaram a região.
Para conhecer mais detalhes desses períodos, o atrativo mais imperdível é o Bairro da Passagem, bairro histórico, onde os portugueses recém-chegados à Cabo Frio ficaram. Além deste, não deixe de visitar a Praia do Forte, o Forte de São Mateus, a Praia das Dunas, a Praia do Foguete, a Praia das Conchas, a Praia do Peró e a Ilha do Japonês.
Já para se hospedar nada melhor que o Hotel Solar do Arco, situado em um edifício histórico que era frequentado pela Família Imperial e promete levar os hóspedes para uma verdadeira viagem no tempo. Outras boas opções são o Hotel Paradiso del Sol e o Hotel Premium Recanto da Passagem.
Situada na capitania de São Vicente, inicialmente, Rio das Ostras teve como nome Leripe (que em tupi-guarani significa “Lugar de Ostra”), sendo seu território parte da doação de terras para os jesuítas, realizadas Capitão-Mor Governador Martins Corrêa de Sá em 20 de novembro de 1630.
Estes religiosos foram responsáveis pelas primeiras construções da cidade, como o Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição, que durante o século XIX funcionou como rota de tropeiros e comerciantes.
Um dos fatos que marcaram o Rio das Ostras, durante o Brasil Império, foi a visita de D. Pedro II, que foi recebido com bandas e músicos, e descansou à sombra da figueira, presente até hoje na cidade, de frente para o mar.
Além deste atrativo, vale visitar o Museu de Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba, o Centro Ferroviário De Cultura Guilherme Nogueira e a Casa De Cultura Bento Costa Junior.
Já para descansar, as dicas são os hotéis localizados perto da praia, incluindo o Hotel Vilarejo Praia e a Pousada Sonho Verde que oferecem piscina e café da manhã.
Assim como em outras cidades da Região dos Lagos, a colonização de São Pedro da Aldeia começou com tentativa de conter as invasões holandesa e francesa, que destinavam-se a usurpar parte da produção de pau-brasil.
Em 1617 desembarcaram na cidade 500 índios catequizados pelos jesuítas, vindos do Espírito Santo, para auxiliar nas defesas e desenvolvimento. O projeto deu muito certo e em 1689 a Aldeia de São Pedro de Cabo Frio já era três vezes a população da aldeia de São Lourenço de Niterói.
Gradualmente, os portugueses começaram a invadir as terras antes destinadas aos indígenas, promovendo a agropecuária, e membros imperiais, como a Princesa Isabel e o Conde D’Eu, seu marido, passaram por lá.
Contam a história da cidade os seguintes pontos turísticos: a Igreja Matriz de São Pedro da Aldeia, a Casa dos Azulejos, a Casa da Flor, a Praça do Canhão e o Museu da Aviação Naval. Também devem estar no seu roteiro de viagem as praias: Praia Sudoeste, Praia Balneário São Pedro, Praia Linda, Praia da Pitória e Praia de São Pedro.
Se a ideia é passar alguns dias em São Pedro da Aldeia, reserve o Hotel Cave do Sol, a Pousada Villa Mares e a Pousada Pontal da Praia, todas com avaliações positivas por oferecerem diversas comodidades, como piscina, varanda e restaurante.