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Bicentenário da Independência: 10 curiosidades sobre a Independência do Brasil

Bicentenário da Independência: 10 curiosidades sobre a Independência do Brasil

O ano de 2022 marca o Bicentenário da Independência do Brasil, tendo em vista que em 7 de setembro de 1822, D. Pedro declarou o Brasil independente de Portugal.

Com certeza, você já deve saber que a frase dita pelo príncipe foi ”Independência ou Morte” e que essa declaração foi feita às margens do Ipiranga, em São Paulo, com a presença de dezenas de pessoas, certo? Mas será que foi exatamente assim? A verdade é que o decreto, de fato, foi feito no Rio de Janeiro, D. Pedro estava com dor de barriga neste dia e talvez nem tenha dito essa frase… 

Quer entender do que a gente tá falando? É só ler, a seguir, as 10 curiosidades que separamos sobre a Independência do Brasil!

1. O primeiro indício da Independência do Brasil aconteceu no Rio de Janeiro.

Embora tenha sido declarada oficialmente em setembro de 1822, em São Paulo, o processo da Independência do Brasil começou muito antes, no Rio de Janeiro.

O “Dia do Fico”, ocorrido em 9 de janeiro de 1822, no Paço Imperial, localizado no centro do Rio, foi considerado um movimento importante para que ela se concretizasse meses depois. Nesta data, contrariando a ordem da Coroa Portuguesa que pressionava-o para retornar a Portugal, D. Pedro II permaneceu no Brasil, declarando a famosa frase “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico”.

2. A Independência foi assinada por Leopoldina.

Apesar da figura de D. Pedro I ser automaticamente associada à Independência do Brasil, não foi ele quem a decretou.

A principal personagem desse acontecimento foi Maria Leopoldina da Áustria, esposa de D. Pedro I que, durante uma viagem do marido, assumiu o Brasil como princesa regente e, em reunião com o Conselho do Estado do Rio de Janeiro, assinou o decreto da Independência. 

E, diferente do que se pensa, o Brasil não foi separado oficialmente de Portugal em 7 de setembro, mas sim dia 2 de setembro de 1822, no Palácio de São Cristóvão, localizado em São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, a notícia só chegou até D. Pedro I, através de uma carta, em 7 de setembro.

3. Dom Pedro estava com dor de barriga quando declarou a Independência do Brasil.

Imagem aérea, durante o dia, de carros passando em avenida ao lado de praça onde há monumento à Independência do Brasil, formado por esculturas em granito e bronze, localizada às margens do Riacho do Ipiranga
Imagem aérea, durante o dia, de carros passando em avenida ao lado de praça onde há monumento à Independência do Brasil - formado por esculturas em granito e bronze -, localizada às margens do Riacho do Ipiranga.

Não se sabe ao certo se por ter consumido uma água contaminada ou algum alimento estragado, mas, de acordo com historiadores, Dom Pedro I estava com dor de barriga no momento em que declarou a Independência do Brasil. 

Inclusive, a comitiva só precisou passar pelas margens do Riacho Ipiranga para que o príncipe pudesse fazer algumas paradas não programadas. No livro ”1822”, do jornalista José Laurentino Gomes, há relatos do ocorrido, encontrados na apuração feita pelo escritor: 

Testemunha dos acontecimentos, o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda de honra e futuro barão de Pindamonhangaba, usou em suas memórias um eufemismo para descrever a situação do príncipe. Segundo ele, a intervalos regulares D. Pedro se via obrigado a apear do animal que o transportava para ‘prover-se’ no denso matagal que cobria as margens da estrada”.

4. Dom Pedro disse mais do que "Independência ou Morte".

Um dos símbolos mais famosos do 7 de setembro de 1822 é o grito de ”Independência ou morte” proclamado por Dom Pedro I. No entanto, há indícios históricos de que o discurso completo foi “Brasileiros! A nossa divisa de hoje em diante será Independência ou Morte! E as nossas cores, verde e amarelo, em substituição às das cortes”, sendo assim o famoso”.

Há também relatos que indicam que a frase nunca foi dita. Em depoimento escrito, de Padre Belchior de Oliveira, conselheiro de dom Pedro, que fazia parte da comitiva, por exemplo, o relato é que o príncipe teria dito, na verdade, “Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil para sempre, separado de Portugal”.

5. O quadro “Independência ou Morte” é meramente ilustrativo.

Vista frontal do painel em bronze, reproduzindo a pintura "Independência ou Morte" de Pedro Américo
Vista frontal do painel em bronze, reproduzindo a pintura "Independência ou Morte" de Pedro Américo.

O ”Independência ou Morte”, quadro do artista brsileiro Pedro Américo, mais conhecido como ”O grito do Ipiranga”, é apenas uma idealização da imagem do momento da declaração da Independência do Brasil e pouco se parece com o momento real.

Pesquisadores afirmam que os animais usados pela comitiva eram mulas, e não cavalos, nenhum dos presentes usavam trajes reais, e sim roupas simples e confortáveis, e o príncipe não estava cercado por dezenas de pessoas, mas sim cerca de 14 pessoas. 

Outra curiosidade interessante é que, apesar de essa ter se tornado a obra mais conhecida do momento, a primeira pintura feita sobre o ocorrido foi elaborada em 1842, pelo pintor francês François-René Moreaux, e faz parte do acervo do Museu Imperial, antigo palácio de veraneio da Família Real, localizado em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

6. O Grito do Ipiranga não teve repercussão imediata.

Apesar de Dom Pedro ter proclamado a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, o famoso grito de ”Independência ou morte” que conhecemos hoje, só se tornou popular em 1826, 4 anos após ter acontecido, 1 ano depois de Portugal reconhecer a independência do Brasil de fato.

7. O Brasil teve que pagar uma indenização pela Independência.

Foto, durante o dia, de bandeira hasteada, em formato retangular com um campo desigual, dividido em verde, no lado da tralha, e vermelho, no lado do batente. Ao centro, sobreposto à união das cores, há um brasão de armas de Portugal, orlado de branco, sobre a esfera armilar, em amarelo.
Foto, durante o dia, de bandeira hasteada, em formato retangular com um campo desigual, dividido em verde, no lado da tralha, e vermelho, no lado do batente. Ao centro, sobreposto à união das cores, há um brasão de armas de Portugal, orlado de branco, sobre a esfera armilar, em amarelo.

Para que tivesse sua independência reconhecida, o império brasileiro precisou pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas para Portugal.

Após o pagamento, em 29 de agosto de 1825, a corte portuguesa, finalmente, assinou o Tratado de Paz e Aliança reconhecendo o Brasil independente. 

8. A coroação de Dom Pedro só aconteceu meses depois.

A coroação e sagração de D. Pedro I como imperador, só ocorreu meses depois da declaração, mais especificamente em 1° de dezembro de 1822.

Para a cerimônia, a igreja escolhida foi a Capela Real, localizada no centro da Cidade do Rio de Janeiro, hoje conhecida como Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. Anos mais tarde, D. Pedro II foi coroado no mesmo lugar. 

9. A Argentina foi o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil.

Imagem de bandeira do Brasil, formada por um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, semeada com 27 estrelas, e atravessada por uma faixa branca com a inscrição "Ordem e Progresso" em verde.
Imagem de bandeira do Brasil, formada por um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, semeada com 27 estrelas, e atravessada por uma faixa branca com a inscrição "Ordem e Progresso" em verde.

Por muitos anos, os Estados Unidos ficou conhecido como o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil. No entanto, um artigo recente publicado pelo diplomata e pesquisador Rodrigo Wiese Randig, mostra que, na verdade, a Argentina reconheceu a independência do país vizinho em 1823, enquanto os Estados Unidos só reconheceu o ocorrido em 1824.

10. Dom Pedro criou um hino para em homenagem à Independência.

”Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil” é um trecho que muitos já devem ter ouvido. A curiosidade é que ele vem do Hino da Independência, que teria sido criado pelo próprio “D. Pedro I, baseado em um poema de Evaristo da Veiga. Confira o arquivo completo no site do Governo do Brasil.

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8 fazendas no Rio de Janeiro para reviver a época do Império

8 fazendas no Rio de Janeiro para reviver a época do Império

Que tal visitar uma fazenda histórica? Você não precisa ir longe para isso! 

Muita gente não sabe, mas o Estado do Rio de Janeiro é o lar de diversas fazendas históricas, principalmente no Vale do Café, região composta por 15 municípios que, durante o Brasil Império, chegou a abrigar mais de 600 fazendas de café.

Esses locais produziram cerca de 75% do café consumido no mundo nesta época, além de projetar o Brasil como líder mundial na produção e exportação do produto, garantindo uma renda para construção de ferrovias, iluminação pública e outros investimentos em infraestrutura pelo país.

Atualmente, há cerca de 30 fazendas históricas abertas à visitação, nas quais é possível fazer uma verdadeira viagem no tempo, por meio da arquitetura, móveis, retratos, objetos originais do século XIX, como porcelanas, e até delícias gastronômicas da época! Em algumas, você também pode se hospedar para aproveitar muitos dias tranquilos em meio a natureza.

Curioso (a)? Leia, a seguir,  nossa lista para conhecer as opções e já garanta a sua reserva!

1. Fazenda Santana do Turvo - Barra Mansa

foto, durante o dia, de casarão branco, com portas e janelas azuis, rodeado por árvores
Foto, durante o dia, de casarão branco, com portas e janelas azuis, rodeado por árvores.

Construída no início do Brasil Império, por Manoel Gomes de Carvalho, a Fazenda Santana do Turvo foi uma das mais importantes fazendas cafeeiras do Vale do Café, chegando a produzir 180 mil arrobas de café por ano.

Conserva, hoje, o aqueduto e o engenho, além da casa sede, onde os visitantes podem observar arquitetura e móveis da época.

Após o passeio, há ainda a possibilidade de aproveitar a área de lazer que dispõe de piscina, campo de futebol, área com churrasqueira, trilhas, lago, redário, camping e restaurante que serve uma excelente comida mineira.

2. Fazenda da Taquara - Barra do Piraí

Foto, durante o dia, de jardim em frente a um casarão branco, com porta e janelas azuis.
Foto, durante o dia, de jardim em frente a um casarão branco, com porta e janelas azuis.

A Fazenda da Taquara  existe desde meados de 1800, quando o comendador João Pereira da Silva e o Barão do Rio Bonito chegaram de Portugal. Entretanto, sua casa sede só foi construída 30 anos depois, mesma época em que tornou-se uma das fazendas cafeeiras da região.

Ainda hoje, através de passeios guiados, os visitantes podem visitar o cafezal, acompanhar todo o processo de produção do café e explorar o casarão para observar todo o acervo original da época. É possível também desfrutar de um saboroso café da manhã, lanche ou almoço no restaurante local, e conhecer um armazém, onde são vendidos produtos especiais, como um licor de café e doces de compota.

3. Hotel Fazenda Império do Vale - Barra do Piraí

Foto, durante dia nublado, de diversas árvores ao redor de casarão branco, com portas e janelas azuis.
Foto, durante dia nublado, de diversas árvores ao redor de casarão branco, com portas e janelas azuis.

Prometendo uma viagem à época do Brasil Império, o Hotel Fazenda Império do Vale, mantém toda a estrutura original do século XIX, além de oferecer o Chá Imperial, um banquete digno de realeza com quitutes elaborados a partir de receitas originais da época.

O local é também um verdadeiro paraíso para os que querem se divertir: piscinas, saunas, campo de futebol, arvorismo, trilhas, tirolesa, parquinho infantil, sala de carteado e um pub, são algumas das opções – além de programações especiais, de acordo com a época do ano.

4. Fazenda Alliança Agroecológica - Barra do Piraí

Foto, durante dia ensolarado, de lago e árvores em frente a um casarão amarelo, com colunas brancas.
Foto, durante dia ensolarado, de lago e árvores em frente a um casarão amarelo, com colunas brancas.

Funcionando por vários anos como uma fazenda de café, a Fazenda Alliança Agroecológica, certificada como uma fazenda orgânica modelo pelo IBB, chegou a receber a visita de D. Pedro II. 

No casarão, datado de 1861, cercado pela Mata Atlântica, os visitantes podem conhecer o processo de cultivo do café e dormir em em suítes em estilo neoclássico. Há, ainda, um corredor de palmeiras, piscina, sala de cinema, sauna e um lago com deck.

5. Fazenda Cachoeira Grande - Vassouras

Foto, durante dia ensolarado, de árvores em frente a um casarão branco.
Foto, durante dia ensolarado, de árvores em frente a um casarão branco.

Fundada em 1850, a Fazenda Cachoeira Grande abrigava 250.000 cafeeiros no Brasil Império. Na mesma época, chegou a recepcionar, com um grande jantar, a princesa Isabel e o seu marido, o Conde d’Eu.

Hoje, oferece visitas guiadas para os que querem descobrir mais da história local e observar os móveis preservados. Dispõe ainda de um chalé, nos jardins da fazenda, à beira do lago, onde os visitantes podem se hospedar.

6. Fazenda São Luiz da Boa Sorte - Vassouras

Foto, durante o dia, de cômoda, cama de casal, mesa e cadeiras de madeira em suíte de hotel fazenda com vista para árvores.
Foto, durante o dia, de cômoda, cama de casal, mesa e cadeiras de madeira em suíte de hotel fazenda com vista para árvores.

Inaugurada em 1835, a Fazenda São Luiz da Boa Sorte, chegou a ter mais de 400 mil pés de café no Brasil Império, período em que recebeu a visita ilustre do marido da Princesa Isabel, o Conde D’Eu.

Atualmente, tombada pelo INEPAC, preserva a casa sede, erguida com uma vista privilegiada para um corredor de palmeiras imperiais, onde a visita ao passado é garantida por suítes históricas e luxuosas, com pinturas, lustres, camas e outros móveis da época.  Na área externa, há ainda o primeiro Museu do Café do Rio de Janeiro, em que os visitantes descobrem com detalhes como era a vida dos escravos que eram obrigados a trabalhar nas fazendas do Vale do Café. 

7. Fazenda São Fernando - Valença

Foto, durante dia ensolarado, de árvores e plantas em frente a um casarão branco de fazenda.
Foto, durante dia ensolarado, de árvores e plantas em frente a um casarão branco de fazenda.

Fundada em 1804, a Fazenda São Fernando foi uma das produtoras de café da região do Vale do Café, durante o Brasil Império. Até hoje, preserva a arquitetura original que leva os visitantes de volta ao período imperial, tendo sido, inclusive, escolhida para cenários das novelas de época “Terra Nostra” e “Rei do Gado”.

Em sua estrutura, estão suítes aconchegantes com móveis de madeira, uma vila de colonos com 20 casas, um antigo prédio de beneficiamento do café, adegas, mercado, alambique, serraria, dois campos de futebol e uma quadra esportiva. Para completar, todas as manhãs, os hóspedes podem aproveitar um café da manhã típico de fazenda, com itens fresquinhos.

8. Hotel do Café - Rio das Flores

Foto, durante dia nublado, de árvores ao redor de duas casas brancas, com janelas azuis e telhas de madeira.
Foto, durante dia nublado, de árvores ao redor de duas casas brancas, com janelas azuis e telhas de madeira.

O Hotel do Café promete uma imersão ao Brasil Imperial com diversos atrativos, a começar pela autêntica locomotiva inglesa, conhecida como Maria Fumaça, que leva os hóspedes do pórtico até o casarão.

 

O passeio continua com uma visita guiada por ambientes que apresentam quadros e móveis originais do ano de 1875. Na hora das refeições, a viagem ao passado também é garantida, já que o cardápio, fruto de pesquisas realizadas pela historiadora Ana Durão, é composto por pratos que eram os preferidos de membros da família imperial, como Leopoldina, D. Pedro I e Conde D’Eu.

Para completar, as suítes possuem o nome de personagens históricos famosos, incluindo os imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, Princesa Isabel e a Marquesa de Santos.

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Cidades da Costa Verde: uma viagem pelo caminho do ouro

Cidades da Costa Verde: uma viagem pelo caminho do ouro

Conhecida por fazerem parte do Caminho do Ouro (uma estrada com quase 1700 km de extensão que passa por 3 Estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo); Mangaratiba, Angra dos Reis, Itaguaí e Paraty estão localizadas na Costa Verde do Rio de Janeiro e tiveram grande importância para o país durante o Brasil Império.

Por suas ruas e estradas foram transportados, recebidos e enviados produtos de diversos lugares do mundo e, no auge da mineração de ouro e do ciclo cafeeiro, viveram seu auge econômico.

Após um período de recessão, se reergueram, tornando-se destinos turísticos por suas belezas naturais e preservação histórica.

Quer se juntar aos milhares de viajantes que visitam essa região todos os anos? Leia nossas dicas!

Mangaratiba

Foto, durante o dia, de rochas no mar de praia de Mangaratiba.
Foto, durante o dia, de rochas no mar de praia de Mangaratiba.

Assim como quase todos os municípios fluminenses, a história e crescimento econômico de Mangaratiba foi marcada pela escravatura e mercadorias advindas de várias regiões do Brasil e do mundo passavam por seus portos e estradas.

Com a expansão cafeeira, tornou-se uma das principais rotas de escoamento do produto. E por a produção ser tão grande, D. Pedro II ordenou a abertura de uma estrada mais larga, que foi denominada “Estrada Imperial”.

Mesmo assim, as dificuldades de transporte continuaram, e aumentaram, até a inauguração da Estrada de Ferro D. Pedro II, ligando o Rio de Janeiro ao Vale do Paraíba, na segunda metade do século XIX. Fator que, junto com a abolição da escravidão, fizeram com que o comércio minguasse na região.

Foi somente em 1914, com a chegada da primeira locomotiva à Mangaratiba, que iniciou-se a recuperação econômica. A Estrada Rio-Santos, grandes empreendimentos hoteleiros e os passeios de escuna consolidaram o destino como rota turística.

Hoje, destacam-se, entre os atrativos culturais do período imperial, a Igreja Nossa Senhora da Guia, em estilo rococó e barroco; o Solar do Barão de Sahy, casarão neoclássico e as Ruí­nas Imperiais do Povoado do Saco.

Já as hospedagens mais indicadas em Mangaratiba são o Portobello Resort & Safari, Hotel Porto Marina Rede Mont Blanc e Hotel Porto Real Resort.

Angra dos Reis

Foto, durante dia ensolarado, de barcos atracados no mar de Angra dos Reis.
Foto, durante dia ensolarado, de barcos atracados no mar de Angra dos Reis.

Caracterizada por uma costa privilegiada e centenas de ilhas, Angra dos Reis sempre serviu às propostas econômicas de diferentes períodos da história brasileira. Sua primeira atividade econômica foi entreposto comercial, pois encontrava-se no meio das Vilas de S. Vicente e S. Sebastião do Rio de Janeiro.

O “boom” de seu desenvolvimento econômico aconteceu no século XIX, quando tornou-se um posto para o recebimento de escravos e de envio do café produzido no Vale do Paraíba.

Durante o Brasil Império, foi marcada também por ser uma das regiões da Costa Verde mais visitadas por D. Pedro II e sua família – publicações de jornais da época registraram quatro visitas. Na primeira delas, em 1863, foi ordenada a construção do Chafariz da Saudade, localizado na Praça Codrato de Vilhena (ou Praça do Papão).

A última visita do Imperador aconteceu em 1889, já após a Proclamação da República, para embarcar no navio que o levou e todos os membros imperiais para o exílio.

Na segunda metade do século XIX, Angra dos Reis foi diretamente afetada por três mudanças: a construção da Estrada de Ferro que ligava o Rio de Janeiro à São Paulo, a decadência da produção do café e a abolição da escravatura.

Na década de 30, um ramal ferroviário ligando a Estrada de Ferro D. Pedro II à cidade faz com que o porto seja novamente utilizado. Nos anos 70, instalam-se as Usinas Angra I e II e é inaugurada a Rio-Santos. Todas essas transformações fomentaram, finalmente, a melhora da economia e trouxeram grandes investimentos, fazendo com o que o turismo crescesse.

Em seu Centro Histórico, estão a Ermida do Senhor do Bonfim, o Convento de São Bernardino, a Capela de São Francisco da Penitência, o Museu de Arte Sacra e o Teatro Municipal, além da Vila de Mambucaba composta, majoritariamente, por edifícios históricos.

Ao visitar Angra dos Reis, os visitantes podem se hospedar na Pousada Vitorino, Papiro Hotel Boutique e Restaurante, no Mercure Angra dos Reis e na Pousada e Mergulho Jamanta.

Itaguaí

Foto, durante o dia, de barcos no mar de Itaguaí, passando em frente a montanha.
Foto, durante o dia, de barcos no mar de Itaguaí, passando em frente a montanha.

O desenvolvimento de Itaguaí, assim como o de outras cidades da Costa Verde do Rio de Janeiro, está intimamente ligado ao período imperial do Brasil. 

Seu povoamento começou em 1688, mas só com o início da construção da Estrada Real, no século XVII, é que o desenvolvimento começou a acontecer de forma mais acelerada. 

Essa importante via terrestre foi a forma encontrada de transportar produtos e riquezas do interior, partindo da Fazenda Santa Cruz, evitando os perigos dos piratas e corsários. Assim, era utilizada por tropeiros, comerciantes, aventureiros e viajantes, que queriam alcançar as minas localizadas em São Paulo e Minas Gerais em busca de ouro.

Também é por onde passava toda a comitiva do Imperador D. Pedro II, para chegar a essas regiões. Inclusive, para visitar São Paulo, e realizar a proclamação da Independência, o monarca passou por Itaguaí.

Com o esvaziamento dos portos e todos os outros problemas econômicos que afetaram a região, a cidade foi duramente abalada, perdendo suas principais fontes de movimentação econômica. 

No fim da década de 30 houve uma grande afluência de imigrantes japoneses vindos de São Paulo, que trouxeram novas tecnologias e contribuíram para o reaquecimento da economia. Em 1960, instalaram-se grandes fábricas, como Ingá Mercantil e Nuclep. Atualmente, o porto traz grande prosperidade para a região, com estaleiros civis e militares. 

Fazem parte do roteiro histórico e cultural de Itaguaí a Estrada Real, o Posto da Guarda Imperial, o Chafariz, a Igreja Matriz de São Francisco Xavier, o Forte do Raio e as Ruínas do Porto e da Aldeia.

Para a estadia na cidade, as hospedagens mais indicadas são o Tulip Inn Itaguai, a Pousada Palmeira Real, a Pousada La Brisa e o Hotel Caminho da Costa Verde.

Paraty

Foto, durante o dia, de casarões brancos, com portas e janelas coloridas, em rua de pedras em Paraty.
Foto, durante o dia, de casarões brancos, com portas e janelas coloridas, em rua de pedras em Paraty.

A mais famosa entre as cidades da Costa Verde é Paraty, que começa sua história entre os anos de 1540 e 1600, nesta época parte de Angra dos Reis.

Em 1660 surge um movimento político com o objetivo de separar as duas e em 1667 o objetivo é atingido, tornando-a a primeira cidade brasileira a ter sua autonomia política decidida por escolha popular. A partir disso, a  extração do ouro fez com que a população rapidamente aumentasse, trazendo a criação de uma economia própria.

Porém, no século XVIII, há a queda nesse tipo de extração, e a cidade perde um pouco de sua importância. Mas a partir do século XIX, o ciclo cafeeiro restabelece a glória, já que grande parte do café era escoado por seu porto.

Esse crescimento econômico foi apoiado pela produção de cana-de açúcar e da cachaça, fazendo com que a cidade ganhasse fama, também, pela sua excelente “pinga”, produzida até hoje.

A partir de 1870, a decadência dos grandes cafezais, a abolição da escravidão e a inauguração da estrada ferroviária tornou Paraty praticamente uma cidade fantasma – dos seus mais de 16.000 moradores à época, sobraram aproximadamente 600 pessoas, após o grande êxodo em busca de melhores oportunidades.

Enquanto outras cidades se modernizam, Paraty continuou sendo de difícil acesso. Existiam somente duas opções: de barco, através de Angra dos Reis, ou por estrada de terra saindo de Cunha, que não comportava o movimento e ficava intransitável nos períodos de chuva. Esses fatores contribuíram para que seus edifícios e ruas históricas, além de costumes e cultura, fossem preservados.

Foi somente após a Rio-Santos ser construída, nos anos 70, que Paraty começou a desenvolver seu potencial turístico, sendo admirada nacionalmente e internacionalmente por suas belezas naturais e preservação histórica. Em 2019, ela foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Destacam-se, entre vários de seus pontos turísticos, a Estrada do Caminho do Ouro, a Igreja da Santa Rita, o Forte Defensor Perpétuo, o Chafariz da Pedreira, a Antiga Cadeia e o Cais de Paraty.

Para se hospedar, existem também diversos edifícios históricos dos séculos XVIII e XIX, como a Pousada Porto Imperial, a Pousada do Cais e a Casa Turquesa.

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5 destinos imperdíveis na Região dos Lagos

5 destinos imperdíveis na Região dos Lagos

Com belas praias e sol o ano todo, a Região dos Lagos se tornou, ao longo dos anos, um dos destinos mais queridos dos cariocas e atrai, cada dia mais, a atenção de turistas de todo o mundo em busca de suas águas calmas e clima perfeito.

O que muita gente não sabe é que as cidades dessa região tiveram um papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil, tanto pela produção do sal, como por ser trajeto entre o interior e o litoral e recebiam, frequentemente, visitas de membros da Família Imperial, incluindo o Imperador D. Pedro II, a Princesa Isabel e seu marido o Conde D’Eu, que tinham fortes laços políticos e de amizade com nobres da região. 

Por esse motivo, guardam várias atrações históricas, especialmente do período imperial. Que tal saber mais detalhes da história dessas cidades e conhecê-las? Leia nossa lista!

Araruama

Foto, durante o dia ensolarado, de barcos e lanchas passando em mar de praia em Araruama.
Foto, durante o dia ensolarado, de barcos e lanchas passando em mar de praia em Araruama.

Tendo sido emancipada em 1860, a cidade de Araruama teve seu desenvolvimento amplamente alavancado pela produção de sal nas salinas na Lagoa de Araruama, tanto que seu brasão apresenta o moinho de vento simbolizando a atividade.

Sua Câmara Municipal foi fundada pelo poderoso Barão de Monte Belo, proprietário de uma enorme fazenda de café e amigo da Família Imperial que sempre o visitava. Ainda hoje, no bairro rural Monte Belo,  é possível avistar as ruínas da casa grande e da senzala. 

Para conhecer um pouco mais da história local, é possível visitar também  as Fazendas Aurora, Monte Belo, Tiririca, Capitão Francisco Leite e Paraty, além de conhecer o Museu Arqueológico de Araruama e as Salinas da Lagoa de Araruama.

Para se hospedar, as dicas são a Pousada Algodão da Praia, com piscina para relaxar e quartos agradáveis com varanda, ou a Pousada Recanto Verde e Mar, que está de frente para a praia e dispõe de uma boa área de lazer.

Búzios

Foto, durante dia ensolarado, de barcos atracados em praia em Búzios.
Foto, durante dia ensolarado, de barcos atracados em praia em Búzios.

Desde o período colonial, Búzios recebeu a visita de alguns navegadores portugueses. Porém, só voltou a despertar maior interesse por volta do século XVII, com a expulsão dos corsários franceses que haviam se estabelecido na região.

Entre o final do século XIX e início do século XX, com o estabelecimento dos portugueses, a pequena colônia de pescadores começou a modernizar-se, unindo os conhecimentos locais com as técnicas mais modernas dos europeus. Foi dessa prática que surgiu o nome Armação de Búzios, devido à utilização de uma armação para pegar peixes feita de búzios.

Nessa época, a principal atividade era a pesca de baleias, tendo em vista o óleo produzido a partir da gordura do animal que era utilizado na iluminação das vias públicas, na construção de casas e até exportado.Inclusive, duas das praias mais famosas de Búzios ganharam seu nome proveniente desta atividade: Praia da Armação, onde era realizada a captura e Praia dos Ossos, onde eram depositados os restos dos animais.

Mas foi apenas em 1964, anos depois do fim do período imperial, que o balneário ganhou fama internacional, após a visita da atriz Brigitte Bardot, que procurava um lugar mais tranquilo para passar suas férias. Desde então, o turismo se desenvolveu e a cidade passou a receber milhares de visitantes todos os anos, principalmente brasileiros e argentinos.

Entre os pontos turísticos, destacam-se a Orla Bardot, a Rua das Pedras e as diversas praias: Praia dos Ossos, Praia da Azeda e Azedinha, Praia João Fernandes, Praia de Geribá, Praia da Tartaruga, Praia da Ferradura, Praia da Ferradurinha, Praia do Forno, Praia Brava e Praia da Foca.

A rede hoteleira também é um atrativo a parte, com opções para todos os gostos e bolsos. Os três lugares mais recomendados são o Hotel Don Quijote Búzios, com ótima piscina e excelente café da manhã; a Byblos Pousada, que possui acomodações com vista para o mar e o Casas Brancas Boutique Hotel & Spa, um cinco estrelas luxuoso.

Cabo Frio

Foto aérea, durante o dia, de pessoas em areia e mar de praia em Cabo Frio.
Foto aérea, durante o dia, de pessoas em areia e mar de praia em Cabo Frio.

Descoberta em 1503, por Américo Vespúcio, Cabo Frio teve o início de sua história marcada pelos constantes ataques de piratas holandeses e franceses, que visavam realizar a exploração de pau-brasil – insumo extremamente valorizado à época. 

Visando diminuir as invasões, os portugueses alinharam-se aos índios tamoios, que conheciam melhor a região. A partir de 1615, iniciou-se o processo de colonização, com a expulsão dos ingleses e a fundação da Fortaleza de Santo Inácio.

Entre 1650 e 1660, Cabo Frio começa a se desenvolver urbanamente e em 1847 recebe a visita do Imperador D. Pedro II, que estreitou ainda mais as relações especiais que a cidade mantinha com o governo. Durante o evento, foram realizadas doações, uma para a construção da cobertura da Fonte do Itajuru, importante patrimônio histórico; e a outra para a construção da enfermaria em Charitas, que foi de grande importância no combate das epidemias de varíola e febre amarela que assolaram a região.

Para conhecer mais detalhes desses períodos, o atrativo mais imperdível é o Bairro da Passagem, bairro histórico, onde os portugueses recém-chegados à Cabo Frio ficaram. Além deste, não deixe de visitar a Praia do Forte, o Forte de São Mateus, a Praia das Dunas, a Praia do Foguete, a Praia das Conchas, a Praia do Peró e a Ilha do Japonês.

Já para se hospedar nada melhor que o Hotel Solar do Arco, situado em um edifício histórico que era frequentado pela Família Imperial e promete levar os hóspedes para uma verdadeira viagem no tempo. Outras boas opções são o Hotel Paradiso del Sol e o Hotel Premium Recanto da Passagem.

Rio das Ostras

Durante o dia, rochas em frente ao mar de Rio das Ostras.
Durante o dia, rochas em frente ao mar de Rio das Ostras.

Situada na capitania de São Vicente, inicialmente,  Rio das Ostras teve como nome Leripe (que em tupi-guarani significa “Lugar de Ostra”),  sendo seu território parte da doação de terras para os jesuítas, realizadas Capitão-Mor Governador Martins Corrêa de Sá em 20 de novembro de 1630. 

Estes religiosos foram responsáveis pelas primeiras construções da cidade, como o Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição, que durante o século XIX funcionou como rota de tropeiros e comerciantes.

Um dos fatos que marcaram o Rio das Ostras, durante o Brasil Império, foi a visita de D. Pedro II, que foi recebido com bandas e músicos, e descansou à sombra da figueira, presente até hoje na cidade, de frente para o mar.

Além deste atrativo, vale visitar o Museu de Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba, o Centro Ferroviário De Cultura Guilherme Nogueira e a Casa De Cultura Bento Costa Junior.

Já para descansar, as dicas são os hotéis localizados perto da praia, incluindo o Hotel Vilarejo Praia e a Pousada Sonho Verde que oferecem piscina e café da manhã.

São Pedro da Aldeia

Durante o dia, casa branca com telhado de madeira em topo de montanha em frente ao mar.
Durante o dia, casa branca com telhado de madeira em topo de montanha em frente ao mar.

Assim como em outras cidades da Região dos Lagos, a colonização de São Pedro da Aldeia começou com tentativa de conter as invasões holandesa e francesa, que destinavam-se a usurpar parte da produção de pau-brasil.

Em 1617 desembarcaram na cidade 500 índios catequizados pelos jesuítas, vindos do Espírito Santo, para auxiliar nas defesas e desenvolvimento. O projeto deu muito certo e em 1689 a Aldeia de São Pedro de Cabo Frio já era três vezes a população da aldeia de São Lourenço de Niterói.

Gradualmente, os portugueses começaram a invadir as terras antes destinadas aos indígenas, promovendo a agropecuária, e membros imperiais, como a Princesa Isabel e o Conde D’Eu, seu marido, passaram por lá.

Contam a história da cidade os seguintes pontos turísticos: a Igreja Matriz de São Pedro da Aldeia, a Casa dos Azulejos, a Casa da Flor, a Praça do Canhão e o Museu da Aviação Naval. Também devem estar no seu roteiro de viagem as praias: Praia Sudoeste, Praia Balneário São Pedro, Praia Linda, Praia da Pitória e Praia de São Pedro.

Se a ideia é passar alguns dias em São Pedro da Aldeia, reserve o Hotel Cave do Sol, a Pousada Villa Mares e a Pousada Pontal da Praia, todas com avaliações positivas por oferecerem diversas comodidades, como piscina, varanda e restaurante.

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Rota Rio Imperial

10 cidades históricas do Rio de Janeiro para conhecer.

10 cidades históricas no Rio de Janeiro para viajar no tempo

Você sabia que o Rio de Janeiro abriga vários destinos históricos?

A própria Cidade Maravilhosa foi, por muitos anos, a capital do Império do Brasil e o lar da Família Imperial e, até hoje, guarda inúmeras atrações históricas preservadas famosas, como o Paço Imperial, a Ilha Fiscal e a Quinta da Boa Vista.

Mas há também várias outras cidades tranquilas e hospitaleiras, pelo Estado, com  palacetes, fazendas, alambiques, museus e igrejas, entre outros atrativos, que revelam detalhes do Brasil Império e outros períodos da história do Brasil.

Mas não é só isso. Algumas cidades históricas do Rio de Janeiro vão além do turismo cultural, já que possuem praias, cachoeiras, lagos e trilhas, que encantam os amantes da natureza e aventureiros. Tudo isso, a pouquíssimas horas da capital! 

Quer conhecê-las? É só ler, a seguir, a nossa lista. Com certeza, você vai se encantar com uma das alternativas!

1. Petrópolis: a Cidade Imperial

Quando falamos sobre as cidades históricas  no Rio de Janeiro, é impossível não falar de Petrópolis, a famosa Cidade Imperial. 

Fundada durante o período imperial, com a compra da Fazenda do Córrego Seco, ela funcionou, por anos, como refúgio da corte nos verões intensos do Rio, além de ter sido palco de vários eventos importantes, como a assinatura do Tratado de Petropólis, quando o estado do Acre passou a fazer parte do Brasil.

Também adotada como moradia de imigrantes alemães, ingleses, portugueses e suíços, a cidade conta com um grande número de edifícios históricos no estilo europeu, principalmente dos séculos 19 e 20. 

Entre os pontos turísticos que não podem ficar fora de seu roteiro estão, obviamente, o Museu Imperial – o antigo Palácio de Verão da família imperial -, o Palácio Quitandinha, a Casa da Princesa Isabel, o Palácio Rio Negro, a Casa do Ipiranga e a Catedral São Pedro de Alcântara.

Outros pontos interessantes são o Castelo de Itaipava, o Palácio de Cristal, o Santuário Vale do Amor, a Casa de Santos Dumont e a Rua Teresa para realizar compras.

Para fazer uma viagem no tempo, e se sentir nos tempos do Brasil Imperial, você pode se hospedar no Hotel Solar do Império, que funciona em um edifício do século XIX, já hospedou a Princesa Isabel, e conta com suítes dignas de realeza, além de piscina, spa e sauna. Outra boa opção é o Grande Hotel Petropólis, localizado em um edifício histórico de 1930, com instalações modernas e um restaurante que serve pratos fantásticos, nacionais e internacionais!

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Petrópolis.

2. Teresópolis: a capital nacional do montanhismo

Foto, durante o dia, de pico com 1.692 metros de altitude cujo contorno se assemelha a uma mão apontando o dedo indicador para o céu.
Foto, durante o dia, de pico com 1.692 metros de altitude cujo contorno se assemelha a uma mão apontando o dedo indicador para o céu.

Com cerca de 100 picos que lhe renderam o título de capital nacional do montanhismo, Teresópolis recebeu esse nome em homenagem à D. Tereza, imperatriz do Brasil que foi casada com Dom Pedro II por 46 anos. 

Seus grandes atrativos são a vegetação exuberante, as temperaturas mais frias e a abundância de cachoeiras e montanhas que a tornaram uma cidade, mais conhecida por seus passeios em meio à natureza, do que por passeios culturais.

Estando lá, planeje-se para conhecer o Centro Histórico, o Sobrado Histórico José Francisco Lippi, a Vila St. Gallen, a Granja Comary, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a Cachoeira dos Frades e o Mirante do Soberbo.

Caso não esteja fazendo um bate e volta, indicamos se hospedar no Village Le Canton, um resort que garante diversão para todas as idades, com parque de diversões, piscinas cobertas e ao livre, centro de bem estar e salão de jogos. Já o Hotel Fazenda Jecava oferece vista para as montanhas e restaurante com comida típica.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Teresópolis

3. Paraty: patrimônio cultural e natural da humanidade

Foto, durante o dia, de casas brancas com janelas e portas coloridas, em rua de pedras de Paraty.
Foto, durante o dia, de casas brancas com janelas e portas coloridas, em rua de pedras de Paraty.

Localizada junto à divisa com São Paulo, Paraty é uma das cidades históricas do Rio de Janeiro mais conhecidas do Brasil. 

Isso se deve à preservação dos casarões de portas coloridas, ruas de pedras e igrejinhas do seu centro histórico – que leva diretamente para uma viagem ao Brasil colonial – além das belas praias e cachoeiras, uma mistura que lhe fez ser reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade.

Ao conhecê-la, não deixe de visitar o Centro Histórico, a Igreja Nossa Senhora dos Remédios, o Museu de Arte Sacra e a Casa de Cultura de Paraty, lugares que revelam detalhes do período colonial e imperial, quando Paraty funcionou como entreposto comercial para a entrada de escravos e mercadorias. 

Não deixe, também, de conhecer os alambiques, que desde o ciclo da cachaça funcionam a todo vapor produzindo cachaças deliciosas. Inclusive, se possível, programe a sua viagem para agosto, para curtir o Festival da Cachaça. Outra dica de evento em Paraty é a FLIP, festa literária internacional de Paraty que acontece anualmente em novembro e é considerada um dos festivais literários mais importantes do país e da América do Sul.

Para aprovreitar ainda mais a experiência de se hospedar em uma das autênticas cidades históricas do Rio de Janeiro, indicamos a Pousada do Ouro, instalada em uma casa do século XVII, com piscina e jardim interno, ou a Pousada Porto Imperial, local que sediou diversos bailes que comemoraram a independência do Brasil e serve um café da manhã colonial delicioso.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Paraty.

4. Mendes: cidade histórica com o 4º melhor clima do mundo

Foto, durante o dia, de árvores ao redor de casarão branco de fazenda.
Foto, durante o dia, de árvores ao redor de casarão branco de fazenda.

A região onde hoje se estabelece o município de Mendes começou a crescer junto com as viagens dos tropeiros, e teve seu grande “boom” por volta de 1860, com a construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II e o início da produção de café.

Após a libertação dos escravos, assim como outras cidades históricas do Rio de Janeiro próximas, teve um declínio, e sua recuperação aconteceu por volta de 1915, com a instalação da indústria pecuária. 

Na década de 50, a cidade foi classificada pela UNESCO como o quarto melhor clima do mundo e, até hoje, ela segue com a fama de ter um clima ameno, sempre em torno de 18-19 graus, além de ter o ar mais puro do Rio, que é um verdadeiro paraíso para os pulmões! Sem contar que possui apenas cerca de 17 mil habitantes, sendo ideal para quem precisa de uns dias longe da agitação das grandes cidades.

A Casa da Cultura José Francisco Madeira de Viveiros, o Museu do Escravo, a Igreja Matriz de Santa Cruz, o Mirante Boa Esperança e a Fazenda Santa Eufrásia são lugares essenciais para se conhecer em Mendes.

Durante a visita, reserve ao menos uma diária na Fazenda Cachoeira Grande, que fica em Vassouras, bem próximo à Mendes. Nesta fazendo histórica do Vale do Café, você encontrará chalés aconchegantes, um museu de carros antigos e uma bela vista para o lago.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Mendes.

5. Miguel Pereira: melhor cidade histórica no Rio de Janeiro para relaxar

Foto, durante o dia, de pedalinho em forma de cisne em lago de Miguel Pereira.
Foto, durante o dia, de pedalinho em forma de cisne em lago de Miguel Pereira.

Também com um dos melhores climas do mundo, Miguel Pereira deve ser o seu destino, entre as cidades históricas do Rio de Janeiro, se você curte um friozinho, montanhas, cachoeiras e rios limpos, próprios para banho. 

Como outros lugares do Vale do Café, a cidade teve seu auge durante o período de produção do grão, especialmente na Fazenda Piedade de Vera Cruz. Já foi conhecida também pelas colônias de férias e pelos cassinos, quando o jogo ainda era permitido.

O principal ponto turístico é o Caminho do Imperador, que ganhou esse nome pois D. Pedro II, em suas visitas à região, fazia seu percurso à cavalo para chegar às fazendas. Outros lugares interessantes são a Gruta dos Escravos, o Alto da Boa Vista, a Igreja de Santo Antônio, o Museu do Trem, a Cachoeira do Poção e o lindo Lago Javary.

Para se hospedar, sugerimos o Cantinho da Vovó Regina, um dos hotéis mais elogiados de Miguel Pereira, pela recepção maravilhosa feita por Dona Regina, uma anfitriã super simpática, que recebe seus hóspedes com um delicioso bolo de laranja e cafézinho!

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Miguel Pereira.

6. Paraíba do Sul: cidade ideal para o turismo histórico cultural

Foto, durante o dia, de piscina em frente a casa rosa com telhas de madeira.
Foto, durante o dia, de piscina em frente a casa rosa com telhas de madeira.

Intimamente ligada à história da Inconfidência, Paraíba do Sul é o local onde hoje estão guardados os restos mortais de Tiradentes, um dos líderes da revolução. O corpo foi exposto, durante um período, em frente à Fazenda sas Sebollas, que era palco de seus discursos.

Outro fato histórico foi a construção da Ponte da Parahyba, no século XIX, pelo Barão de Mauá e a inauguração da Estrada Ferroviária por D. Pedro II, que contou com a presença ilustre do imperador. Hoje em dia, o lugar é um grande expoente do turismo cultural, com diversos museus, galerias, palácios, igrejas e praças que revelavam detalhes do passado do país.

Para conhecer mais sobre a Paraíba do Sul, inclua em seu planejamento de viagem o Museu Tiradentes, o Palacete Barão Ribeiro de Sá, o Parque das Águas Minerais Salutaris e a Ponte da Parahyba.

Para curtir a sua estadia, nossa indicação de hospedagem é o Vale dos Barões, situado no mesmo lugar onde o império brasileiro e os barões de Paraíba do Sul construíram uma uma pedreira que serviu para os mais importantes calçamentos da cidade. Toda decorada com móveis antigos e abrigando piscina, churrasqueira e salão de jogos, a acomodação é mega aconchegante.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Paraíba do Sul.

7. Paty do Alferes: cidade famosa pela Festa do Tomate

Se você é carioca, com certeza, já escutou falar de Paty dos Alferes, uma das cidades históricas mais preservadas de todo o estado, famosa por sua tradicional Festa do Tomate, que ocorre anualmente em junho.

Atualmente, o forte do local é a produção do fruto e o turismo, mas, no início de sua ocupação, ela era sede de fazendas destinadas à cana-de-açúcar. Após alguns anos, quando começaram as plantações de café e sua exportação para Estados Unidos, Paty dos Alferes tornou-se uma das maiores concentrações de escravos do país. 

O enriquecimento foi tanto que se formou uma verdadeira realeza rural, sendo suas figuras mais imponentes o Visconde de Ubá, o Barão de Capivari, e o Barão de Guaribu.

Inclusive, a Aldeia de Arcozelo, antiga Fazenda da Freguesia, foi palco de uma das maiores fugas de escravos da região e nos dias atuais é um complexo cultural que tem como missão sediar manifestações artísticas. 

Estando por lá, outros lugares que merecem a sua visita são a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, o Museu da Cachaça e a Cachoeira Boa Esperança. Se for possível, inclua também a Fazenda Boa Esperança, que está extremamente bem preservada.

Uma boa hospedagem na região, que é um um verdadeiro centro de entretenimento e bem-estar, é a Pousada das Casuarinas  um lugar para todas as idades: tem jardim, piscina, casa noturna, centro de spa e um delicioso café da manhã servido todos os dias.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Paty dos Alferes.

8. Rio das Flores: uma das cidades mais tranquilas do Rio de Janeiro

Foto, durante o dia, de trilho de trem em frente a casas brancas com janelas azuis e telhas de madeira.
Foto, durante o dia, de trilho de trem em frente a casas brancas com janelas azuis e telhas de madeira.

Com menos de 10 mil habitantes, dentre as cidades históricas do Rio de Janeiro, Rio das Flores ocupa o lugar de tranquilidade e calma. A cidade pequena e cheia de moradores hospitaleiros, também é muito procurada por praticantes de ecoturismo, que vão em busca de suas trilhas, mirantes e cachoeiras.

Se esse é o seu caso, confira as dicas para praticar atividades na natureza ou esportes mais radicais em Rio das Flores: conheça o Mirante Boa Vista, mergulhe nas Cachoeiras do Barreado, do Amor e do Chuveirinho e faça trilhas pela Serra das Abóboras e da Taquara.

Está interessado (a) na parte histórica? Faça um tour pela Casa Grande e Senzala, pelo Museu de História Regional Padre São Sebastião da Silva Pereira, pela Casa Santos Reis e termine na Matriz de Santa Tereza D’Ávila. Na área rural, conheça a Fazenda União e a Fazenda Paraízo!

Para se hospedar em Rio das Flores sugerimos o Hotel do Café, que promove uma verdadeira imersão ao passado, desde a chegada, em que recebe os hóspedes em um típico trem maria fumaça, até as refeições, onde são servidos pratos típicos da época do Império – como as comidas preferidas de D. Pedro II. Isso sem contar no acervo gigantesco de peças de época!

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Rio das Flores.

9. Valença: lar de várias fazendas históricas do ciclo do café

Foto, durante o dia, de construção rosa com janelas e portas brancas.
Foto, durante o dia, de construção rosa com janelas e portas brancas.

Com o aumento da riqueza dos proprietários das fazendas de café no século XIX, houve um grande crescimento e esplendor da cidade de Valença

A prosperidade era tanta que os membros da sociedade “importavam” profissionais para projetar atrações, como o espetáculo realizado pelo pianista polonês Gottschalk e os Jardim de Cima e o Jardim de Baixo, projetados pelo paisagista francês François Marie Glaziou.

Até hoje, são muitos os pontos de turismo cultural e ecoturismo, como o Museu Casa Léa Pentagna, o Museu de Arte Sacra, a Praça Visconde do Rio Preto, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor e o Parque Natural Municipal do Açude.

Se a ideia não é apenas um passeio bate volta, uma boa opção de hospedagem é a Fazenda Vista Alegre. Com um conceito de guest house e uma bela arquitetura antiga, ela conta com uma casa principal, onde os hóspedes podem acompanhar toda a rotina do lugar, além de oferecer um tour guiado pela propriedade.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Valença.

10. Vassouras: a princesinha do café

Foto, durante o dia, de árvores ao redor de praça, onde há chafariz e igreja branca.
Foto, durante o dia, de árvores ao redor de praça, onde há chafariz e igreja branca.

Vassouras, já teve o apelido de “Princesinha do Café”, nos tempos em que era a maior produtora do grão em todo o mundo.

Por volta do ano de 1850, em seu auge, construíam-se palacetes, teatros, casarios, joalherias e hotéis em profusão, tudo para atender a aristocracia rural. Em matéria de circulação de nobres, Vassouras perdia somente para a Corte, instalada na capital.

Admire o que sobrou desses tempos visitando a Praça Barão de Campo Belo, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, o Palacete Barão de Itambé, o Memorial Manoel Congo e o Alambique Fazenda União Carvalheira. Complete seus passeios conhecendo uma das fazendas históricas, como a Fazenda do Secretário.

Com quartos e suítes com decoração original de quando era uma produtora de café, a Fazenda São Luiz da Boa Sorte deve ser a sua escolha de hospedagem. Você será transportado diretamente para a época da realeza. Aproveite ainda para visitar o Museu do Café e um restaurante especializado em comida de fazenda – ambos estão na própria fazenda.

Acesse aqui a lista completa de hotéis em Vassouras.